A Cura

Ferida aberta
Exponencialismos
Dedos entre dobradiças
Unhas perdidas em topões
E o risco às raízes
Trunfo da regeneração
Às vezes perde-se um membro
E eles não nos crescem devolta -
Distante o réptil em nós.

Penso na cura dos insetos
Será que há?
De que adianta
Perguntaria o utilitarista
O dom de fazer-se sã
Uma formiga aleijada?
Voltará ao ventre da comunidade
Mártir
Oferece-se em holocausto
Aos fungus reais?

Um pouco da escola espartana
Fosse resgatado e recriado
A boa e velha lei
Do mais forte
Do soldado
A verdadeira seleção natural
Reprimida pelo simulacro da declaração dos direitos humanos -
Tanto crime vil
Ah quanto sangue maldito
Sob as grandes boas coisas do homem
Quanto horror indecifrável
Na origem do que diz-se o civilizado.

Quadrantes esparsos
Psiquês móbiles
Valsam minimais.

Não há que explicar -
Só rindo!

Máximas catalíticas
Dadaísmo refratário
Desenhando arco-íris subjetivos
Despencando em cascatas de mamatas
Densos estudos
Entregues de bandeja -
Vai de quem lê sensibilizar-se
Notar as chagas soterradas
Exterilizar os locais
Costurar cauterizar
E se renovar.

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ESTÓRICO