enquanto isso
eu vou acreditando
enquanto isso
eu vou sonhando com o melhor
insira humildade aqui
desculpa qualquer coisa
perdão
não tem porque pedir desculpas
mas às vezes não precisa de porquê
simplesmente precisa ser
perdão
não tem porque pedir desculpas
mas às vezes não precisa de porquê
simplesmente precisa ser
Gongada
Vejo-os
cheios de sonhos
vejo-os
cheios de esperança
Vejo a vida desabrochar
a cascata e o vermelho
vejo o dia se espraiar
o estio de uma eternidade
Vejo-os a correr a voar
cheios de sonhos
vejo-os a assoviar gargalhar
cheios de esperança
cheios de sonhos
vejo-os
cheios de esperança
Vejo a vida desabrochar
a cascata e o vermelho
vejo o dia se espraiar
o estio de uma eternidade
Vejo-os a correr a voar
cheios de sonhos
vejo-os a assoviar gargalhar
cheios de esperança
Stefinição
Tudo que se diga
que se escreva
todo quadro e toda poesia
aquilo que se diz
é sempre só metade da mensagem.
A outra metade
é segredo.
Toda estória que se conte
que se descreva
toda crônica e todo teorema
aquilo que a linguagem alcança
é sempre nada mais nada menos que metade da mensagem.
A outra metade
é o segredo.
------
Dos segredos
é mesmo impossível falar
revelá-los é extingui-los
em sua característica de secreto.
A perfeição
é mesmo impossível pintar
a perfeição que cabe
dentro e fora de nós...
Tudo que enfim cantamos
é simplesmente a melhor tentativa
de ilustrar de uma maneira compreensível
o segredo.
que se escreva
todo quadro e toda poesia
aquilo que se diz
é sempre só metade da mensagem.
A outra metade
é segredo.
Toda estória que se conte
que se descreva
toda crônica e todo teorema
aquilo que a linguagem alcança
é sempre nada mais nada menos que metade da mensagem.
A outra metade
é o segredo.
------
Dos segredos
é mesmo impossível falar
revelá-los é extingui-los
em sua característica de secreto.
A perfeição
é mesmo impossível pintar
a perfeição que cabe
dentro e fora de nós...
Tudo que enfim cantamos
é simplesmente a melhor tentativa
de ilustrar de uma maneira compreensível
o segredo.
Da armadilha que monto para mim mesmo
Homens grandes eu vi -
Eu vi grandes homens.
Homem grande quis ser -
Eu quis ser um grande homem.
Enquanto era criança eterna
falava do que eram os grandes homens
sonhava ser o maior entre os maiores,
ai sonho de tirania ignorante
dediquei-te os anos de ouro de minha juventude
- serei ainda apenas uma homenagem
inconsolável sobre teu sepulcro?
Ai meu sonho eterno e infantil
de ser o melhor entre os melhores
de ser o imenso entre os gigantes
sonho de tomar pelo colarinho o genérico homem
de sacudir pelas nucas a humanidade e comandá-la...
Seria talvez uma ignorância imperdoável
ou quem sabe o mais aspirado atino?
Quem sabe
se aquele pós-adolescente
projetinho de xamã terapolitano
se aquele molecóide pseudo-cientista
pseudo-poeta pseudo-tudo
andarilho fumetinha metido a macunaímico
se aquele bunda mole
zé mané
descabelado desgrenhado
se aquele cabeça chata
com cara de cearence
cabaço presunçoso desbocado
se aquele esporro de artista
engasgo de sensibilidade inventada
se aquele foco de emoção profunda -
quem sabe
se aquilo sim era ideal a se atingir?
Quem sabe
se escapou-me
entre os dedos
pela poesia
o derradeiro poder
o derradeiro fardo,
quem sabe
se aquele mongezinho de férias
não era mesmo o melhor projeto de rei do mundo...
Quem sabe se a batuta não era merecida
se o rastapé a ferro e fogo já não era herdado...
...
Já hoje
vivo melhor
já sem ânsia de tirania
evito ser comandante do mundo
mestre elemental de todo universo -
percebo que é mais propositado
ouvir do que gritar
quando já não se tem mais o que falar.
Eu vi grandes homens.
Homem grande quis ser -
Eu quis ser um grande homem.
Enquanto era criança eterna
falava do que eram os grandes homens
sonhava ser o maior entre os maiores,
ai sonho de tirania ignorante
dediquei-te os anos de ouro de minha juventude
- serei ainda apenas uma homenagem
inconsolável sobre teu sepulcro?
Ai meu sonho eterno e infantil
de ser o melhor entre os melhores
de ser o imenso entre os gigantes
sonho de tomar pelo colarinho o genérico homem
de sacudir pelas nucas a humanidade e comandá-la...
Seria talvez uma ignorância imperdoável
ou quem sabe o mais aspirado atino?
Quem sabe
se aquele pós-adolescente
projetinho de xamã terapolitano
se aquele molecóide pseudo-cientista
pseudo-poeta pseudo-tudo
andarilho fumetinha metido a macunaímico
se aquele bunda mole
zé mané
descabelado desgrenhado
se aquele cabeça chata
com cara de cearence
cabaço presunçoso desbocado
se aquele esporro de artista
engasgo de sensibilidade inventada
se aquele foco de emoção profunda -
quem sabe
se aquilo sim era ideal a se atingir?
Quem sabe
se escapou-me
entre os dedos
pela poesia
o derradeiro poder
o derradeiro fardo,
quem sabe
se aquele mongezinho de férias
não era mesmo o melhor projeto de rei do mundo...
Quem sabe se a batuta não era merecida
se o rastapé a ferro e fogo já não era herdado...
...
Já hoje
vivo melhor
já sem ânsia de tirania
evito ser comandante do mundo
mestre elemental de todo universo -
percebo que é mais propositado
ouvir do que gritar
quando já não se tem mais o que falar.
À luz da vela
todo mundo quer
o creme
todo mundo quer
a paz na terra
uma estrada mais colorida
a escolha que tremeluz
as relações sem vício
uma fonte de energia alternativa
todo mundo quer
um céu mais azul
todo mundo quer
do cremoso -
não tenha vergonha
não não se envergonhe
não tenha vergonha
de falar sobre o paraíso
não não se envergonhe
por cantar sobre o paraíso
não tenha vergonha
por sonhar o amor no mundo
não não se envergonhe
por desabrochar a emoção sincera
não tenha vergonha
de falar sobre o céu
não tenha vergonha de cantar sobre o céu -
não tenha medo de tuas lágrimas
de tua melancolia que amadurece com as décadas
continua fiel aos pássaros em teu jardim
seja muitos seja tanto seja mil pais e mães
não tenha medo de se ver superado
superado quem sabe por si mesmo por quem quer que seja
não tenha medo de passar o bastão
de encontrar o herdeiro fazer sociedade com o irmão
das melhores respostas:
o silêncio
seja a caridade a virtude maior
faça-se o sonho da terra
seja o sonho do homem
o sonho da terra
seja a paz da humanidade
o arco-íris da sensibilidade
seja o sonho do homem
o sonho da vida
não tenha vergonha
de inventar o seu céu na terra
não não se envergonhe de cantar sobre o paraíso...
o creme
todo mundo quer
a paz na terra
uma estrada mais colorida
a escolha que tremeluz
as relações sem vício
uma fonte de energia alternativa
todo mundo quer
um céu mais azul
todo mundo quer
do cremoso -
não tenha vergonha
não não se envergonhe
não tenha vergonha
de falar sobre o paraíso
não não se envergonhe
por cantar sobre o paraíso
não tenha vergonha
por sonhar o amor no mundo
não não se envergonhe
por desabrochar a emoção sincera
não tenha vergonha
de falar sobre o céu
não tenha vergonha de cantar sobre o céu -
não tenha medo de tuas lágrimas
de tua melancolia que amadurece com as décadas
continua fiel aos pássaros em teu jardim
seja muitos seja tanto seja mil pais e mães
não tenha medo de se ver superado
superado quem sabe por si mesmo por quem quer que seja
não tenha medo de passar o bastão
de encontrar o herdeiro fazer sociedade com o irmão
das melhores respostas:
o silêncio
seja a caridade a virtude maior
faça-se o sonho da terra
seja o sonho do homem
o sonho da terra
seja a paz da humanidade
o arco-íris da sensibilidade
seja o sonho do homem
o sonho da vida
não tenha vergonha
de inventar o seu céu na terra
não não se envergonhe de cantar sobre o paraíso...
Do estado daquilo que não para nunca de rodar.
Eu vou fazer
bonitinho.
Eu vou fazer
do jeito que a vovó pediu.
Eu vou fazer
sim vou
bem do meu jeitinho.
Bem assim
desse jeito meio assim sem jeito
eu vou fazer cantar essa chibata
chegou sua hora de espartanizar
se é que chega um dia hora tua sobre esse mundo!
Chegou a hora de ser mármore
mármore rosa açucarado sambando tentáculos
chegou a hora de ser supremo cabresto de luz
é hora de tocar o berimbau pra Deus poder dançar
chegou a hora de ser a firmeza masterizada
os pulmões infinitos na maratona musical eterna
chegou a hora de agradecer e não pensar em nada mais!
Eu vou fazer.
Vou.
Bonito que só!
Vou fazer
do jeitinho que minha vovó pediu.
O passado todo vai me amar
por pegá-lo pela mão na pista
tudo que passou vai voar
porque puxei-lhe pela cordinha
e o peão não para nunca mais de rodar!
Porque o peão não para
nunca de rodar
o sonho da presença
não para nunca de rodar
as múltiplas dimensões
todos os multiversos frugais
a seiva as tosses o choque elétrico do tesão
eles não param nunca de rodar
-mas vai de nós conquistá-los:
conquistar o estado daquilo que não para nunca de rodar.
bonitinho.
Eu vou fazer
do jeito que a vovó pediu.
Eu vou fazer
sim vou
bem do meu jeitinho.
Bem assim
desse jeito meio assim sem jeito
eu vou fazer cantar essa chibata
chegou sua hora de espartanizar
se é que chega um dia hora tua sobre esse mundo!
Chegou a hora de ser mármore
mármore rosa açucarado sambando tentáculos
chegou a hora de ser supremo cabresto de luz
é hora de tocar o berimbau pra Deus poder dançar
chegou a hora de ser a firmeza masterizada
os pulmões infinitos na maratona musical eterna
chegou a hora de agradecer e não pensar em nada mais!
Eu vou fazer.
Vou.
Bonito que só!
Vou fazer
do jeitinho que minha vovó pediu.
O passado todo vai me amar
por pegá-lo pela mão na pista
tudo que passou vai voar
porque puxei-lhe pela cordinha
e o peão não para nunca mais de rodar!
Porque o peão não para
nunca de rodar
o sonho da presença
não para nunca de rodar
as múltiplas dimensões
todos os multiversos frugais
a seiva as tosses o choque elétrico do tesão
eles não param nunca de rodar
-mas vai de nós conquistá-los:
conquistar o estado daquilo que não para nunca de rodar.
massaterapias
o dom de apaixonar
de fazer fascinar
a magia dos abraços
dos resfolegos
o poder
da coceguinha
é o que mais queremos
daí tantas guerras
queremos as coceguinhas
de luz
os arrepios
vivos matutos
queremos o pássaro
de asas abertas a voar
mas ai... ai... pranto doído
ai... lição profunda...
percebi o dom
habilidade do fascínio
e o que vem junto
a responsabilidade
tenho coragem pra amar
perdoo-me as imposturas
que a dor cresça
organizada me fortaleça
sou o pássaro
a voar de coração aberto
de fazer fascinar
a magia dos abraços
dos resfolegos
o poder
da coceguinha
é o que mais queremos
daí tantas guerras
queremos as coceguinhas
de luz
os arrepios
vivos matutos
queremos o pássaro
de asas abertas a voar
mas ai... ai... pranto doído
ai... lição profunda...
percebi o dom
habilidade do fascínio
e o que vem junto
a responsabilidade
tenho coragem pra amar
perdoo-me as imposturas
que a dor cresça
organizada me fortaleça
sou o pássaro
a voar de coração aberto
do amor que tarda mas não falha
tanto ela faz
ao tão pouco fazer
lá está ela
ela corre e escorre pela cena
tanto ela faz
e quase parece nada fazer
ela sim salabim
sabe sorrir sabe dançar
na batida do reggae ela falou
cantou de amor incondicional
risadeira alto astral
doce entrega de sua voz
tanto ela faz
ao sorrir ali no regato
tanto ela faz bem
por estar ali pelo amor
ao tão pouco fazer
lá está ela
ela corre e escorre pela cena
tanto ela faz
e quase parece nada fazer
ela sim salabim
sabe sorrir sabe dançar
na batida do reggae ela falou
cantou de amor incondicional
risadeira alto astral
doce entrega de sua voz
tanto ela faz
ao sorrir ali no regato
tanto ela faz bem
por estar ali pelo amor
extra-via
eu vou deixar
vou deixar deus falar por mim
ele já sou eu
tudo que vejo ele vê
tudo que sinto é ele
vou deixar ele falar
pela minha voz que é dele
e vou só me divertir ouvindo
vou deixar ele falar
falar tudo que sinto
falar de tudo que é
conectar as peças
completar alguma tarefa pelo poema
vou deixar ele rir
gritar e chorar
vou fazer todo escarcéu
eu vou é me divertir
ouvindo o que ele fala por mim
todo dia é uma estrada
com placas desgastadas
é uma estrada por onde os ventos correm
todo dia é uma escola
e pra ser mesmo feliz
tem que se acostumar com o dez
tem que ser ator
beber do mistério insolúvel
fazê-lo o enigma revelado do deus de si
cada sabor
cada nutriente
cada som
cada amor
cada dúvida
ofereço ao deus em mim
que vê tudo que vejo
e sente tudo que sou
que o deus em mim desperte
saboreie
aprecie até a última gota do néctar
ofereço a deus
em mim
este ar que me alinha
este olhar
que se desnuda
ofereço ao deus em mim
minha vergonha minha hesitação
minhas dúvidas espúrias
ao deus em mim o perdão
por tudo que é pequeno demais
por tudo que é ingratidão
por tudo que fiz e refiz
esqueçam-me todos os passados
estou zerando meu sistema
deus me formata
agora o disco rígido está branco
contem-se as estórias belas
que emocionam e fazem chorar
contem-se os contos da concórdia
as vitórias dos heróis que saborearam o deus de si
deus está entre as linhas
como o amor que faz do fio solitário um agasalho
ofereço minha diversão
minha mansa criancice
é esta a dádiva que semeio
que o deus em mim
que deus
através de mim
desfrute
desfrute disto tudo
que ninguém consegue enxergar
desfrute a guerra silenciosa
o erro sem significado
deus abençoe
tudo que não posso tocar
mas que em certa altura
quem sabe
por um tropeço meu
se faça iluminar
vou deixar deus falar por mim
ele já sou eu
tudo que vejo ele vê
tudo que sinto é ele
vou deixar ele falar
pela minha voz que é dele
e vou só me divertir ouvindo
vou deixar ele falar
falar tudo que sinto
falar de tudo que é
conectar as peças
completar alguma tarefa pelo poema
vou deixar ele rir
gritar e chorar
vou fazer todo escarcéu
eu vou é me divertir
ouvindo o que ele fala por mim
todo dia é uma estrada
com placas desgastadas
é uma estrada por onde os ventos correm
todo dia é uma escola
e pra ser mesmo feliz
tem que se acostumar com o dez
tem que ser ator
beber do mistério insolúvel
fazê-lo o enigma revelado do deus de si
cada sabor
cada nutriente
cada som
cada amor
cada dúvida
ofereço ao deus em mim
que vê tudo que vejo
e sente tudo que sou
que o deus em mim desperte
saboreie
aprecie até a última gota do néctar
ofereço a deus
em mim
este ar que me alinha
este olhar
que se desnuda
ofereço ao deus em mim
minha vergonha minha hesitação
minhas dúvidas espúrias
ao deus em mim o perdão
por tudo que é pequeno demais
por tudo que é ingratidão
por tudo que fiz e refiz
esqueçam-me todos os passados
estou zerando meu sistema
deus me formata
agora o disco rígido está branco
contem-se as estórias belas
que emocionam e fazem chorar
contem-se os contos da concórdia
as vitórias dos heróis que saborearam o deus de si
deus está entre as linhas
como o amor que faz do fio solitário um agasalho
ofereço minha diversão
minha mansa criancice
é esta a dádiva que semeio
que o deus em mim
que deus
através de mim
desfrute
desfrute disto tudo
que ninguém consegue enxergar
desfrute a guerra silenciosa
o erro sem significado
deus abençoe
tudo que não posso tocar
mas que em certa altura
quem sabe
por um tropeço meu
se faça iluminar
Do que todos diziam ser impossível...
Você pode levar sua comida
e comê-la toda sozinho,
e se garantir,
mas se você repartir
e passar o seu pra frente,
irá experimentar um pouco de cada coisa
que também foi colocada na roda.
Repartir
é muito mais divertido!
Quando você entra no mato
só dá pra comer arroz ou frutas secas
você só pode carregar uma única coisa
mas se entrar na roda
abre mão do seu
mas irá provar o de todos
que estão dividindo juntos ali.
E quando todos os solitários
tiverem ficado sem reservas
e morrido de fome,
aqueles que se uniram,
estarão repartindo
até o último gole de água
com amor...
e sobreviverão...
e comê-la toda sozinho,
e se garantir,
mas se você repartir
e passar o seu pra frente,
irá experimentar um pouco de cada coisa
que também foi colocada na roda.
Repartir
é muito mais divertido!
Quando você entra no mato
só dá pra comer arroz ou frutas secas
você só pode carregar uma única coisa
mas se entrar na roda
abre mão do seu
mas irá provar o de todos
que estão dividindo juntos ali.
E quando todos os solitários
tiverem ficado sem reservas
e morrido de fome,
aqueles que se uniram,
estarão repartindo
até o último gole de água
com amor...
e sobreviverão...
Portais Postais
dias de sol
tardes de chuva
flores coloridas
ventos sábios
crianças
crianças a correr
a brincar
a imaginar
a amar suas mães
famílias especiais
pureza e carinho
ternura e firmeza
cânticos do coração
da alma da terra
da paz das águas
dança do sonho eterno
tardes de chuva
flores coloridas
ventos sábios
crianças
crianças a correr
a brincar
a imaginar
a amar suas mães
famílias especiais
pureza e carinho
ternura e firmeza
cânticos do coração
da alma da terra
da paz das águas
dança do sonho eterno
O dia em que o menino voltou...
Não é saci
nem curupira
não tem mula sem cabeça
nem boitatá -
a lenda do meu mato adentro
é vivo mito e se chama Tainá.
nem curupira
não tem mula sem cabeça
nem boitatá -
a lenda do meu mato adentro
é vivo mito e se chama Tainá.
Floricultura
estou em mim agora
mais em mim agora
isto quer dizer
que estou menos em mim agora
menos em mim agora
porque quanto mais eu sou
menos eu estou
porque quanto mais em mim estou
menos em mim estou
porque eu em mim sou muito mais que simplesmente eu
estou mais eu agora
mais eu porque mais meus amigos
estou mais tranquilo agora
mais tranquilo porque desencabrestado
porque vagamundo pelas bicas brisas das minas gerais
o sul me chama
o sul chama todos os pássaros em mim
o sul do verão eterno me chama
meu coração está migrando
pro trópico da minha alegria
pro estio de minha arte itinerante
agora sou mais eu
porque sou mais além de mim
agora estou mais em mim
mais em mim porque pra além de mim
meus braços são os ventos abraçando a terra inteira
mais em mim agora
isto quer dizer
que estou menos em mim agora
menos em mim agora
porque quanto mais eu sou
menos eu estou
porque quanto mais em mim estou
menos em mim estou
porque eu em mim sou muito mais que simplesmente eu
estou mais eu agora
mais eu porque mais meus amigos
estou mais tranquilo agora
mais tranquilo porque desencabrestado
porque vagamundo pelas bicas brisas das minas gerais
o sul me chama
o sul chama todos os pássaros em mim
o sul do verão eterno me chama
meu coração está migrando
pro trópico da minha alegria
pro estio de minha arte itinerante
agora sou mais eu
porque sou mais além de mim
agora estou mais em mim
mais em mim porque pra além de mim
meus braços são os ventos abraçando a terra inteira
Deus é a gente sem os problemas...
se eu confessasse
minha insânia
se eu colocasse
em palavreado simplório
minha ânsia de loucura
loucura que se resolve
loucura atinada longe da multidão
se eu confessasse
meu cânhamo
meu torpor de bailarino
a vida me é sonho
de todos tipos sonhos a realizar
vendo com olhos de dragão
sorvendo juventude
bailo com as mãos
se eu confessasse
minha incompetência
cadê que roubaram minha consequência
vou fingindo assim que sei da alegria
fazendo sorrir o novo de cada dia
meu desleixo mesmo pra com o essencial
por vezes minha cilada contra mim mesmo
abocanha-me pela canela
a arapuca armadilha cósmica
agora arrasto seus guilhões
correntes que cedo aprendem a voar
a bola de ferro vira em balão de hélio
minha loucura meu compromisso
derradeiro conceito atenuante
minha missão é brasa e samba no pé
que querem de mim
a morte
a vida
a noite
o sol do grande meio dia
que tanto averiguam
todo tempo
por sob todas as peles
todos os véus e cortinas
que tanto esnifam fungam inferem
que tanto querem de mim
a noite
o sol
a vida
e a morte
que há de mim que se beba
que a noite e o sol
descansadamente bebam
que há de mim que se prove
que a própria vida
e a própria morte provem de doce
que tanto mexem remexem
escapulam de lá pracolá
essas luzes
na batalha
como vagalumes
o fio batendo
fazem lume
essas luzes
da guerra no breu
essas faíscas
relâmpagos
pocantes
silenciantes
elas iluminam
o caminho do guerreiro
e da poesia de faísca
da prosa dos relâmpagos
fará ele sua última foice
minha insânia
se eu colocasse
em palavreado simplório
minha ânsia de loucura
loucura que se resolve
loucura atinada longe da multidão
se eu confessasse
meu cânhamo
meu torpor de bailarino
a vida me é sonho
de todos tipos sonhos a realizar
vendo com olhos de dragão
sorvendo juventude
bailo com as mãos
se eu confessasse
minha incompetência
cadê que roubaram minha consequência
vou fingindo assim que sei da alegria
fazendo sorrir o novo de cada dia
meu desleixo mesmo pra com o essencial
por vezes minha cilada contra mim mesmo
abocanha-me pela canela
a arapuca armadilha cósmica
agora arrasto seus guilhões
correntes que cedo aprendem a voar
a bola de ferro vira em balão de hélio
minha loucura meu compromisso
derradeiro conceito atenuante
minha missão é brasa e samba no pé
que querem de mim
a morte
a vida
a noite
o sol do grande meio dia
que tanto averiguam
todo tempo
por sob todas as peles
todos os véus e cortinas
que tanto esnifam fungam inferem
que tanto querem de mim
a noite
o sol
a vida
e a morte
que há de mim que se beba
que a noite e o sol
descansadamente bebam
que há de mim que se prove
que a própria vida
e a própria morte provem de doce
que tanto mexem remexem
escapulam de lá pracolá
essas luzes
na batalha
como vagalumes
o fio batendo
fazem lume
essas luzes
da guerra no breu
essas faíscas
relâmpagos
pocantes
silenciantes
elas iluminam
o caminho do guerreiro
e da poesia de faísca
da prosa dos relâmpagos
fará ele sua última foice
Descaminho
Descobri
um mapa
do tesouro.
Indicações e instruções sagazes
o mapa da mina ditava severa rota
em cujo fim se via a alegria do grande xis!
Pelo xis
vendi tudo
minha casa e meus pertences.
Agora invisto tudo na terra prometida
botando fé que lá certamente estará minha glória
gastei minha fortuna pra poder me dedicar a escavar.
Descobri
um mapa
do tesouro
repleto de jóias raras
enterrado sob os segredos do mundo
o baú continha as maiores riquezas imagináveis.
Alcancei
a vitória
do xis
abandonei tudo que conquistara
pelo sonho que o divino me revelara,
quis acreditar e me veio a recompensa -
veio grande
veio imensa
pagou mil vezes a crença!
PANESPIRITUAL
vieram me deixando
deixando atrasar
deixa me deixa
ser irresponsável
só um pouquinho
estou precisando ser feliz
vieram que vieram me deixando
passar cantar fui abrindo caminho a troar
vieram que vieram
me beijando abraçando me amando
e eu fui me dando
fui dando e fui tomando
uma hora já não era mais eu
era mosaico criatura viva de retalhos
era um acolchoado gostoso
de retalhos recortados das brisas dos ventos
era mosaico colorido de pedrinhas e conchinhas
sideradas amontoadas bonitinhas fazendo poesia
já não era mais eu era uma egrégora
de abraços carinhos ternuras sinceras
era um coletivo de mantras
suingando com as nuvens altas
dançando com as flores abertas
bebendo com as raízes nas escuridões
eu vim foi pra animar os foliões
se alegrar pois já deu de reclamar
já deu de reclamar de apontar
já deu de passar a batata quente pra frente
já deu desse vacilo todo de achar mais importante o ruim
que o amor é o melhor e ele não faz preocupar não deixa exasperar
vieram que vieram me puxando pro samba
me empurrando afobado pelas salsas mais calientes
vieram que vieram me educando das artes malemolentes
afinando minhas varas me sorrindo sem economia de dentes
a loba já me lambeu
a cigarra quis me homenagear
a leoa foi caçar pra mim
se encafifou trouxe foi bagas silvestres
deixando atrasar
deixa me deixa
ser irresponsável
só um pouquinho
estou precisando ser feliz
vieram que vieram me deixando
passar cantar fui abrindo caminho a troar
vieram que vieram
me beijando abraçando me amando
e eu fui me dando
fui dando e fui tomando
uma hora já não era mais eu
era mosaico criatura viva de retalhos
era um acolchoado gostoso
de retalhos recortados das brisas dos ventos
era mosaico colorido de pedrinhas e conchinhas
sideradas amontoadas bonitinhas fazendo poesia
já não era mais eu era uma egrégora
de abraços carinhos ternuras sinceras
era um coletivo de mantras
suingando com as nuvens altas
dançando com as flores abertas
bebendo com as raízes nas escuridões
eu vim foi pra animar os foliões
se alegrar pois já deu de reclamar
já deu de reclamar de apontar
já deu de passar a batata quente pra frente
já deu desse vacilo todo de achar mais importante o ruim
que o amor é o melhor e ele não faz preocupar não deixa exasperar
vieram que vieram me puxando pro samba
me empurrando afobado pelas salsas mais calientes
vieram que vieram me educando das artes malemolentes
afinando minhas varas me sorrindo sem economia de dentes
a loba já me lambeu
a cigarra quis me homenagear
a leoa foi caçar pra mim
se encafifou trouxe foi bagas silvestres
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