Extranheza

A solidão
É o lar
E a cura.

Tem-se de aprender
A diferença
Entre ela e o abandono.

O abandono
É de si mesmo
Desapego que
Muitas vezes
É um pecado
Contra a vida
Pulsante.

Mas a solidão
É o recolhimento
Da mãe precavida
Digestão da jibóia
Poderosa delicadeza
Em destilação.

Pra que se alcance a plenitude
E então só assim
A capacidade de interações criativas.

4 comentários:

Renan Coutinho disse...

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Gabriela disse...

A solitude,
já ouvir dizer do universo,
é o acochego da descoberta do mundo de si mesmo.

emana da solidão,
mas não se sente só.

Eis que em si mesmo basta
e és completo.

e a qualquer momento lembra,
que alegria também se tem em compartilhar,
e qualquer escolha valerá.

Patricia disse...

Talvez seja a capacidade de interagir com algo novo. Escutar as nuances do silêncio para projetar na própria vida o que o barulho de muitos movimentos cala.
Talvez até um espaço maior para o divino entre o ser e as coisas e entre os demais relacionamentos.
Como condensar matéria orgânica para que a luz que penetra sofra outro tipo de refração e reflexo. E assim ilumine caminhos.

Jon Moreira disse...

Linguagem sutil, inteligente e sem exageros, parabéns e saudações ao artista.

Um poeta amigo.

ESTÓRICO