O Frescor

Gargalhada gozada
Ê atulhada santa dona desgovernada!

Pânicas e pêias
Piras prolongadas por pernas longilínias
Lótus loucas lisas sedas
Azuis anís sutis ardis
Olés rastapés parangas e raparigas.

O sono sonso do sem sonho
Sina sacana trétrébacana
Úi rima enrrasgo ruidosa
Tudo ruindo e o rico rindo
Patacos escorrentes de titica!

Xânas cheirosas estremilicantes
Chama inflama imensa paixão
Linhos lilázes lázulis louváveis
Secretos reclusos mistérios leais
Verdades veredas vinhedas virgens
Voltagens vontades ohms impedâncias.

Sofrido sufoco
Densa ditosa fonte
Fome firça fúria foco
Finas facas foices fumos
Broca trocas força fossas
Moça torta louça crica
Despertos apertos.

Crise crônica da crítica
Contra versos controvérsias
Canções cansadas caladas
Sangue suingando suor
Ardor sem dor dom de amor.

Vou voar
Vil vadio vigorar
Vai vir valor
Virá vento vão
Sopra o sopro ancião.

Cantiga candanga
Falácia mulamba
Cortina curtida
Mel cruel ao papel
Viço vasto vicioso
Arrisco arisco
Ponto em ponte
Conto me conte
Deonde praonde?

Nenhum comentário:

ESTÓRICO