Desambiguações

Tudo são flores
Elas e eles são flores
Tudo que é vivo são flores.

Vida em qualidade de pedra e água
Vida em característica de carbono composto
A vida é tudo ao mesmo tempo
Por isso tudo é vivo -
Que me discerne da pedra e da água?
Em se falando de técnicas excrusive
Que matéria que me forma que é tão diversa da do ar?

A escolha o controle
A inteligência humana
Quanta pompa não se faz entorno de tais nomes
Sisudez sem graça
Geral quer afirmar que é livre que é justo que pensa
Ai galera desencana que a vida engana.

Ouço pela planta dos pés
Danço abanando as orelhas
Mãos adentro o fio o lume a nutrição quântica sônica.

Vejo com os olhos
Mas olho com o espírito
Foco infinitesimal
A grande sinapse da alegria
Nervos de aço coração tumescido
Um grande desprezo pra limpar o pensamento
Bom desdém que permite valsar em pleno.

Sorte danada que tenho
Redescobri a missão da cura
O bailado transmutador
Reinventei minha ilusão
Diabo sortudo que sou
Nenhuma metafísica me pariu
Minha pátria é o sal do mar
Minha salvação são os açúcares por aí.

Tudo são flores
E tenho ouvidos nos pés.

A alvorada canta
Alegria é orgia
Força é frequência orgástica
Dançar é transar com o cosmos todo duma vez.

Sou sexo
Puro instinto de violação dominação
Sujeito porém a algo estranho e volátil
Que aqui agora convém cunhar minha sensibilidade -
Também porquê pouco vale um grande poder
Sem os freios lógicos da meditação
Pouco vale a suprema saúde
Se não regida pelo pensador sutil.

Dizem por aí tesão paixão amor eterno
Falam de compromissos burrocráticos -
Tudo é sexo
E o homem anda broxa porquê quer gozar com CNPJ
Quer prole mas só com firma reconhecida em cartório
E nem me faço pensar no conceito atual de herança familiar céus me livrem!

Minha língua sibila inquieta
Dentro da boca molhada
O paladar anseia a sopa da musa
E tudo é prazer e riso e leveza em mim
Minha tristeza estúpida aos poucos expurgo de mim
Melancolias nostalgias se me desapeguem
Tudo é prazer secreto
Nas trocas de olhares
Apertos de mãos tranquilos
Sorrisos sinceros mimetizando a soltura
Tudo é prazer em evolução
Pequenos detalhes de momentos
Amizades honestas e ocasos
Esmagamos o grande dragão do tédio
Se se dá ao trabalho de entrenimento
Se se põe ao esforço de apreciar o que há.

A perfeição
Incógnita da razão terrena
Ah arteira perfeição
Caos insípido e incólume
Te conheço e sei de tua inconsciência
Ah perfeita revelação
A origem é desordem é guerra
E o destino é o quando a serpente morde o próprio rabo.

A alvorada canta
Sua lira são todas as gerações
Sua harmonia é serem inseparáveis todas as cores.

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