se eu confessasse
minha insânia
se eu colocasse
em palavreado simplório
minha ânsia de loucura
loucura que se resolve
loucura atinada longe da multidão
se eu confessasse
meu cânhamo
meu torpor de bailarino
a vida me é sonho
de todos tipos sonhos a realizar
vendo com olhos de dragão
sorvendo juventude
bailo com as mãos
se eu confessasse
minha incompetência
cadê que roubaram minha consequência
vou fingindo assim que sei da alegria
fazendo sorrir o novo de cada dia
meu desleixo mesmo pra com o essencial
por vezes minha cilada contra mim mesmo
abocanha-me pela canela
a arapuca armadilha cósmica
agora arrasto seus guilhões
correntes que cedo aprendem a voar
a bola de ferro vira em balão de hélio
minha loucura meu compromisso
derradeiro conceito atenuante
minha missão é brasa e samba no pé
que querem de mim
a morte
a vida
a noite
o sol do grande meio dia
que tanto averiguam
todo tempo
por sob todas as peles
todos os véus e cortinas
que tanto esnifam fungam inferem
que tanto querem de mim
a noite
o sol
a vida
e a morte
que há de mim que se beba
que a noite e o sol
descansadamente bebam
que há de mim que se prove
que a própria vida
e a própria morte provem de doce
que tanto mexem remexem
escapulam de lá pracolá
essas luzes
na batalha
como vagalumes
o fio batendo
fazem lume
essas luzes
da guerra no breu
essas faíscas
relâmpagos
pocantes
silenciantes
elas iluminam
o caminho do guerreiro
e da poesia de faísca
da prosa dos relâmpagos
fará ele sua última foice
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