Homagem

Ela vem de sopetão
Chovendo rosas e tulipas.

Ela não se preocupou
Se eu cheirava mal
O escambal!

Ela não se importou
Só o mínimo perguntou
Ela é puro alto astral!

Cheguei nela de sopetão
Com granizo de manjericão.

Ela me respondeu
Como pra um irmão
Lindos dias pra você ela dizia
E pra você dias lindos como você eu respondia.

Ela que era verso vivo
Rimou todas estranhezas
Fez dengo das destrezas.

Ela que era
O nome recluso
Que surgiria na pedra
Carvada misteriosamente.

Ela que era o último nome
Da cabala descabelada
Era bonita como sol
Era a derradeira paixão
Do sim.

Ela era a melhor poesia
Não dependia de palavras bonitas
Nem de grandes enlaces da inteligência
Seu deslumbre era o dia a dia
As vivências que emanava
Sua perfeita ode
Era mera consequência
Da vida que vivia.

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ESTÓRICO