Debarte

A luz vem da treva
Então não será a treva
A luz original?

E o que é o dourado
Se pros pássaros
O preto é prata?

Quem desabrevia
As mágoas supressas
Desta tirania incremental?

E quem sente com a mente
O sentimento que não mente?
Quem ainda lembra
Que o mais importante
Costumava ser o tempo
A liberdade da estrada?

Aonde estamos
Praonde vamos
Se alguém sabe
Está guardando pra si.

Quem somos
De onde fomos
Se descobriram encobertaram
Ou quem tentou falar
Calaram.

Ai o slow motion da clareza
Santificada seja a lentidão do circunspecto
Resguardem sob treze chaves
A nostalgia do vigor
A letargia do calor.

Dê-me a sauna
E então o mergulho gélido.

Dê-me o sonho impossível
E então a nua e crua
O desejo inapto
E o eterno inédito
O inevitável.

2 comentários:

Lahra Sousa disse...

19:42

El Compostero disse...

É!

a hora oficial pra se estar em movimento em direção de alguma novidade...

ESTÓRICO