Xeques

Se eu te desse
meu coração
que farias dele?

Se depositasse
em mãos tuas
átrios e ventrículos,

veias e capilares
todo sangue e plasma
de minha engrenagem mor:

que farias disto tudo?

Que farias
deste objeto animado,
premeria-lhe constante
ritmado, daria-lhe passo?

...provarias do néctar
ferroso rubro seminal,
serias fluxo e refluxo
do estratagema cabal?

Farias o que, de minha carne tenra e doce?
Pincelarias-me de mel, às moscas?
Ou farias melhor, tornando poros em aço?

(apenas corroboramos com a informação
que fortalece nossa ganância, panacéias e rapapés!)

Dá-me teu coração
de bom grado,

e de bom grado
dele farei aço.

Farei aço ardente
inquebrantável -

farei dele liga
entre ligas
na corrente guerreira

farei de bom grado:
torná-lo aço e caldeiras,
lar de sentimentos incorruptíveis!

3 comentários:

Daniele Dallavecchia disse...

Olá, amigo poeta! Muito lindo o teu poema, uau! Tá demais mesmo!Um dos mais belos que vc já fez. Parabéns, Alika!


beijos e um lindo domingo!

Gabriela disse...

:)

Patricia disse...
Este comentário foi removido pelo autor.

ESTÓRICO