quase faço propaganda de cigarro
quase passo por louco incompreensível
amo minha tabacaria
se é que é arguido que se ouça
o inevitável
novas tábuas com novas leis
trançadas em transes entravados
enquizilados encalistrados
leis folgãs em madeira de nó
talhadas com as lâminas oblongas
sabres de luz das presenças
uma guerra nas entrelinhas
a guerra pela conquista de si
não pela definição racional e patonômica da pantomima progressivista
não uma conceituação do si nem um grupo de sintomas e evidências como referência da usurpação do si de si
a vera conquista de si
ser o rei do além dos sentidos
a divindade que se prostra em nossa cerâmica tão frágil
uma emoção solar arrastando um desenho impreterível
ser o mestre do encanto e do desencanto de toda gramática pretensamente dotada de lógica
e tudo como uma individualidade mui bem cientificamente catalogada
tudo como um profundíssimo conhecer-se a si no mais perverso esquecimento de si
o esquecimento do querer tudo
o funesto labirinto que é a infinda saga da vida
a que assim a paz seja uma vitória
a paz uma vitória sobre si mesmo
preconceitos
propósitos
todos os valores e toda memória espiralando como água nas esquinas quadradas dos rios de alva pedra
o piscar de olhos
tão fenomenal
o próprio controle das pálpebras, oh torpe fábula
então respirar tresloucado
como cachorro em ação
o hercúleo esforço de aceitar a si como trança de cor e nada além
o sucumbir de toda hesitação na solene noção de peso zero da existência
voar voar voar
o quê a que aqui viemos, afinal
Um Gancho No Queixo
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