Belletrismo


Bonjour, mon amour...
Passas bem?
E as horas, têm?
Mande à lavanderia minhas meias de dedo
À tinturaria minhas batas kimonos blasers
Mas por favor, não blasé comigo!

As esporam tilintam
Nos filmes de faroeste.
As musas bailam
Na imaginação mesmo dos recém-nascidos.
Tosse aqui e acolá - nossos beiços oh finura...
Me deixo levar, deixo-me, me levo - vou levando.

Quem é aquele velho barbudo no espelho?
Sou eu!
Ah, Deus meu,
Permita sono profundo ao mundo
Que as aflições da madrugada roncam
E não tão distantes orientais amaldiçoam o entardecer de um dia cinza.
Ostracismo astigmático:
Focando a vista nas letras a mensagem embaça.

Cadê Isabelle Rupert?!

Inventaram as torneiras, as maçanetas, os ídolos -
E que foi da benta fonte, das invisibilidades, do Inexplicável?...

Ária podre do corvo
Canta dos enganos
Dança sobre tantos sheiks confusos
Canta dos desenganos
Dança sobre mil democracias iletradas
Canta dos... - da Morte.

Paralelepipedais parafernálias
E não se consegue diagnosticar a causa da insônia!
O primevo leão se impacienta -
E com que sonhará Miles Davis?...

Há isca sem anzol:
Ósculo.
Há paixão sem romance:
Modo de vida burguês.
Há decapitação sem sangue:
A vossa, que não escapaste desta foice.

Meus pulmões
Digitais
Irreais -
Ah, brejeiro!, viver é mesmo inclusive também tudo que não se deve entender!

Forget about it, capicce?...

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