Pinheiro

Quando o rei nasceu
Lhe escreveram uma carta
Pedindo por Justiça.

Cervo
Servo
Cresceu
Apareceu.
Severo incandesceu
E apavorou todo conter de risos em sublimação.

A coroa é um totem
Jarretts, Coreas, Weckls - tantos ecos!...

Se espirrar, Saúde, heim, Vossa Alteza!

Pavimentou de diamantes as ruas do mundo
Assinou a Lei Áurea de libertação da liberdade
Conquistou tantos reinos
Unificou tantas pátrias
Deu de comer aos cães
Apacientou às mães
E
Tudo secreto
Sem dar ordens nem receber medalhas
Sem confete nem rubro carpete...

É o rei do mundo
Que no dia em que nasceu recebeu uma carta que pedia por Justiça.

Dizem
Que ele separa mares - o cajado um piano
Que torna água em vinho - a alma enchendo a taça
Que move montanhas - porquê não as enxerga!

O que vi
Mesmo
Foi que ele sabe olhar pra si Amando
E por isso há de reinar pelos séculos dos séculos.

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ESTÓRICO