estava porta adentro
do quarto ali de cima...
não assustou,
colocou-a pra fora
delicado.
Será que ela voltava?
Ou era outra?
Segunda?
Recolheu-a
calmo
levou à grama...
Depois
o espanto
quanto a vê
trepando-lhe a camiseta!
tinha-lhe já escalado meio tronco!
aonde queria chegar a taturaninha espinhenta!
Encafifou-se
quase mortificado
bateu-a da roupa à soleira da cozinha...
E no dia seguinte
entre istos e aquilos
nota um cílio estranho no chão
pedacinho de coisa pisada
e sangue verde esmagado
ai, lá estava o bichinho prensado
pela chinela
que de meias no frio
jamais sentiriam o veneno do confronto...
...depois...
...depois ele ficou sabendo...
...ficou sabendo que...
pequeninas tataranas verdes
têm de voltar sempre pro jardim
que são ainda só bebês engatinhando
mas não passa um piscar
de olhos celestes -
e serão borboletas!
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