Sob o duplo crepúsculo
da noite chuvosa,
Ó aurora da sabedoria!
Roçares da liberdade
da supremacia volúvel,
ai afagos felpudos
e olhares oraculares,
a vida é uma ode
com seus engasgos
rouquidões, desafinos
mas bem marcada harmonia
leve e intensa melodia
os dedos cantam os toques
de amenas fúrias improvisadas,
que não há amor
sem interpretação -
interpretação dos fenômenos
esparsos e lânguidos
em suas correlações...
A vida
é o nonsense
mas damos a ela
o ar de toda graça
Ela vem do caos
mas lhe extraímos a noção...
E inventando a beleza, por fim
terminamos por estabelecê-la
realizamos sua presença na existência.
2 comentários:
Uma palavra para o teu poema: SUBLIME!
Parabéns, Alika!
beijos e um lindo final de semana!
É amigo
A vida é nonsense.
Cabe a nós dar o sense da coisa toda, rsrs.
Postar um comentário