Da Efemeridade Irretocável

Consagro-me à poetiza
Nua musa e trovadora numa mesma
À que clama à cura do toque
Refinada aristocracia babando nas pernas abertas
Consagro-me à musa despersonalizada
À musa eterna que em tantas habita
Que roga ousadias e encara dura e alegre ao fauno em marasmo.

Estética falida
Sou a falência dos termos
Quando estou a escrever e penso em que me fascina
E transcrevo anônimo as linhas dos lábios rosados
Fazendo do ventre salivante o zéfiro estonteante
Útero de magias gingadas
Fontes confluentes desembocando em oásis fugidios
O pensamento inspira truncado
Por sobre a letargia dos chocolates.

Lançava em vôo seus dragões
Parafernália rítmica que o perseguia
Mais
Tonalidades pusilânimes empurrando-o
Ferozes alegrias musicais autocontidas eternas em cada segundo
A resultante de suas apreciações
Sua diretriz era uma sinopse reciclável
Curta diversa e divertida melodia que o empurrava
A afirmação de sua presença era uma canção a si mesma
Por si mesma
Era um improviso lúgubre e certas vezes doentio
Epiderme catastrófica suando sangue de escaravelhos
Seu caldeirão fumegava gânas excelsas e era pura progressão harmônica
Seu coração dava o pulso
As cadeiras caminhavam as cadências
E seus pêlos e cabelos em arrepios sutis ditavam croniquetas sazonais.

Um comentário:

Gabi disse...

pelo visto estamos no mesmo momento....dá uma passadinha no meu pra entender mais isso....

(textos "pelas costas" e "tornar-se um")
bjão!

ESTÓRICO