Da Força Amiga

Sob o sol
Tudo é claro
Cá está
A cor perdida!

Nunca se perdeu
Que está dentro
Mas cá está
A luz
Única redenção.
Do repouso ardente
Sob o pai feroz.

Uma favorita no estéreo
Poucas perguntas
O poder
É certeza cega
Tateando
As esquinas cúbicas
Da perdição cinzenta.

Sob o sol
Mais sol
Fogueira
Brasas de mim
Velas incenços cachimbos
Todos os sóis do homem sob o sol!

O Rei
Grita quieto
Ouço seu berro:

Vinde a mim!
Vinde ao oráculo solar!
Ouçam o que tenho a dizer!
Mas cá:

Cá no trópico
Cá no matagal labiríntico
Cá nos meus domínios,
Vinde mas vinde bravo
De braba bravura
Sob o compasso
Rígido!

Ouçam!
Filhos da terra e da água,
Ouçam o que diz a grande voz
Do silêncio violento
Da cintilância violeta:

Cá estás forte!
Cá tens todos os amigos
E também os melhores inimigos.

Olha-me de frente -
Não tema a dor
Beba o trago restaurador
E da novidade -

Do enlace
Que se já desenlaça
Leva o fogo
No peito e no ventre
E rodopia
Rodopia:
Entenderás.

Sob o sol
Agora bebo
E o pássaro
Inflamado
Abre seu primeiro vôo.

3 comentários:

Gabriela disse...

uau!!!
maravilhosa sensação de sem palavras!
magnífica poesia
mil vezes obrigada!
gratidão enorme!
obrigada!

Diana Motta disse...

lindo!

Carenu disse...

parabéns poeta parabéns - fé em deus e pé na tábua - boas vibrações nela ...

ESTÓRICO