Ode Escorraçal

Perdoai-nos
O mau jeito
O soco reto
Contra magras costelas.

Perdoai-nos
O desfeito
O toco certo
Contra focos estreitos.

Banidos
Os bramidos
Os sonsos pêsames
Enxotados.

Lacerados
Os laços vãos
Os pontos sem nó
Sem dó.

A derradeira imagem
O valor sem nome nem número
A tão incomum origem comum
O arrepio da coroação.

A nau paira
Clímax sutil
À bordo da arca
Sonhadores
Livres pensadores
Teóricos conspiradores
Miríades de elfas.

A barca do amor
Voa bela
Sem remos ou velas
Rebocam-na
Por invisíveis fios
Todas as borboletas da vida.

Um comentário:

Lahra disse...

há beleza em tudo, todo e sempre

ESTÓRICO