Alemidades

Quando achei
Que o mundo acabara
Dei de caras
Com sua segunda parte.

Pediam-me
Amor
Responsabilidade
Pediam-me ajuda
Socorro urgente!

Quando ouvi
De mim o que vivi
Chorei
Ranhei mas refiz-me.

A música
Pedia-me dança
Pés acesos
Pediam-me força
Foco
Clamavam entrega
Entrega ao rústico!

Entrega ao controle sobre a entrega
Entrega alerta
Coroada de begônias
Macia alquimia
Das esferas absolutas da cor e da dor!

Entrega densa
Aglutinando tino
Criando núcleo
Buraco negro esfaimado
Ah quanto não é ser
Ser!

2 comentários:

Patricia disse...

E assim, perdendo-se, acha-se. A referência de si mesmo se esvai...
Como que matar a própria sede, na sede alheia.

Deixar no caminho, o próprio rastro, para abrir a trilha, ou mesmo, aquedutos marcado pelo percurso do corpo, para que haja acesso à fonte de água cristalina.
Que ao passar, o ar marque o caminho. E pelo cheiro da faísca cerebral do puro coração, esteja feita a trilha. Transluz na pele, grande organismo do ar.

El Compostero disse...

"É chegada a época da colheita dos girassóis e estou enfeitiçado."

ESTÓRICO