Quando cheguei tudo estava virado
Excluíam a inclusão
Dentes rangiam.
Disseram-me tenho sedes
Disseram-me dê-nos voz e vez
Até que chegou minha hora
Aprendi a ensinar.
Na cidade das flores o assombro
Fábricas de nuggets fétidas
Retornavam sobremesas em refluxos
Adaptavam o sentido olfativo
Acostumando ao fel de podridão.
Íamos rumo ao sucesso
Não havia poréns
E os ziguezagues das estradas
Eram as veias a latejar.
Lutava-se com modos
Pela educação
A antipatia o grande dragão
Éramos seiva bruta de fé.
Os céus espancavam frescor
Em chuvas de verão caipira
Havia a certeza do torpor
De calos de enxadas aposentadas
E o sol girava ao girassol.
Tudo era esperança tímida
De lucros e amizades doutoras
Os ministérios comiam poeira
O progresso vinha do avesso
Processo lento e fleumático
Nossas charretes de fogo.
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