Coerções

Boa filosofia
A mim
Ao combate que represento
Está em pétrias panturrilhas
Do andarilho sincero
Tenaz perseverante
Luzio maleável e reativo como o ouro.

Retrato incompleto da juventude múltipla
A guerra é em si por si
Guerra contra si pelo mesmo próprio si
Em suspiros indecorosos
Abraçando a verdade inútil
Sagrado banal
Ah perfeita inconsequência da vida!
Ah malévolo ritmo mortal cadência
Evolução empurrada goela abaixo
Estraçalhada no coração atento.

Bom pensador
A mim
Ao mito que desempenho
É o que pensa com a estrada
Que atravessa a vastidão incauta
Que desbrava o horizonte e faz nova ponte
Que vez ou outra soterra pântanos
Aterra espíritos baldios
Nobre ceifador de sonhos
Tirando o doce da boca da criança.

Quem usa a cabeça não engorda
Mas os de coração mole têm piedade
Aprazidos no compadecimento
Querem saber medicinas
Mas só pra fazerem melhor adoecer!

Minha fórmula não é química
O remédio não tem bula
É ser maior que si mesmo
É respeitar a diretriz da saúde
Compreender a possibilidade da paz.

Quem admira ainda ao homem?
Quem ainda se motiva ao esculpir tal pedra?

Reportem risos e dança
Descrevam beijos e gozo
Açoitem com a antípoda do tédio
Decifrem a incógnita do futuro
Julguem os criminosos
Emocionem as deusas da morte.

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