Siricutico

A vida vem espremida
Em bloquinhos de sokoban cósmico
Esquinas que desviamos pra não esborrachar.

A vida vem espremida como suco de limão na manhã
Rasgante exprimindo a ciência da tez da chibata
Sudoríporos em contagens regressivas digressivas
Calados na poesia demais real jasmins hortências.

Dobro cenhos punhos e ventre
Rasgo a mortalha sebenta
Adeus à hesitação do ato
Alegria por sobre todas as lágrimas.

Um corte
Um curto
Um entrecorte
Um susto!

É arguido que se ouça
Que se esperneie em alto proclamo
As novas razões pés pontes rolantes
Pelo seio macio da esfera gloriosa da certeza.

Pelo pouco que se tem em que se pode confabular
Pelos breves gestos que ora nos ornamos retocar
Os soluços sanguinolentos duma ânsia por mais sempre mais.

Pontas de dedos
Alheios
Tocando-se
Ao vento veloz
De amor espartano
Ascese ascencionada
O monstro seguia rolando
E as promessas das estradas
Faziam sede de água cristalina.

Salvamo-nos enquanto podemos
Enquanto durem as baterias
Ou as ceias de protocolos
Liberdade simbiótica dominatrix
Uma moléstia virática adocicante.

A paixão maturada é vinho de concórdia
É a suprema coincidência
Abraçada e amalgamada
Fronteira imaginária entre o acaso e o destino
Ao preço de tua superação de si
Em nome do elo natural
Frágil recompensa
Em nome do futuro do mundo
Os modos adequados.

Um comentário:

Anônimo disse...

A vida vem espremida
Em bloquinhos de sokoban cósmico

Foi o que de melhor eu já li em todas as minhas lembranças

congratulations monte de receptor energético confabulento, puro e esforçado de ser alegre
ser humano com miolo de luz que não apodrece
=)

ESTÓRICO