Ofício

Dedos e juntas alongados
Oblongada de bacia e dinâmica
Soltura leve na entrega à comunhão
Da cadência sublime do ritmo universal
Repuxada nordestina com pitada de arábia elétrica
O monstro seguia rolando o novo movimento germinava.

Que batuta herdamos?
Ah hipertrofia de antebraços!
Ah sagrada delicada loucura musical!
Entendemo-nos aos solavancos fraternais
Roendo as raízes dos sopros suntuosos
Que missão empenhamos?
Na certeza do som?

Viva o grande sim!

De cigarros tragados
Cigarras humanas se rasgando
Estourando cascas à frágil novidade
Desovamos tartarugal em costas ricas
Surfando as marés temporais do gruve
E nossa alegria brilha como o dia
Pino solar da tropicaliência
Libres parceiros hermetistas.

Que futuro nos cabe?

Se há quem ouça
E mesmo não havendo
Peço clareza
Peço ao vácuo equatorial
Transparência nas íris
Maternas hidratações
E a sóbria nutrição
Peço a todos e a ninguém
Pela concórdia quanto ao núcleo
Pela afinação do espírito
À destreza à ferramenta.

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