A poesia parou
quase desabafo
foi quase o que virou.

Muitos fios atados
seguram o balão de hélio
mantêm o balão rente ao chão.

O pequeno vício já quase vira descuido
a romanticália de antigamente faz sua vez
parece até que temos que repetir o erro ou a vida estanca.

Eu não sei porque foi que dei de me repetir
de me repetir bem naquelas coisas
ah! sim!, ai... não...

aí, bem, fica bem claro
o porquê de se repetir bem isso isso e aquilo
bem aquelas coisas que vão se revirando
quando deixo de apertar bem firme as rédeas de mim.

O que o rei espartano faria agora?

... é muito mais que correção de postura
ou achar que um semblante muda a vida
a vida muda bem antes dele, isso é certo -

se eu sorrio é porque o cosmos todo precisa disso
quem sabe - como precisava então também de minhas lágrimas?
... de minha amargura?...

Será Deus tão prolixo?
Uma criança, desencanada e invencível em suas peripécias?
Um absoluto que vê e propõe, mas que é verborragia e pouco mais?

... mas que dejeto de escombro de poeta sou eu...

por fim, a rima tomou mais importância que o gargalo do funil,
e por isso, meu rapaz, você está estrepado
e fazendo muito caso da situação,
que, dos males o menor, e nem preciso completar o pensamento...

ESTÓRICO