O Último Poema

Assim quereria meu último poema
Curto e grosso
Como a vara que cutuca a onça.

Que fizesse supremo todo desenrolar de hálitos juvenis
Que tornasse em cristal toda opacidade descolorida
Trazendo em ciclos sem fim toda atenção ao coração
No ideal prático duma filosofia do sim a tudo que há.

Tamborilo

Sustentáculo de diamante
O sol pulsa violeta do solo cintilante
Antigravidade secreta do espiritualizado
A benção da sombra em meiodia nublado
Refrescava de cevada e haxixe os caroneiros.

Mochilões às costas
Surfando as ondas do sabor
Da cor do pecado
Patinando cítrico à orla.

Distância que reflete respeito
Saudade que ensina o amor correto
O agora explode em gestuária o linguajar lisérgico do xiva dançante.

ESTÓRICO